O medo sente-se,
inevitável, incontrolável como a tesão
Porta pesada, escancarada
que se finge entreaberta
Um sonhado deste
lado, outro sonhado do outro
Um que nos empurra
pelas costas, desejo lúbrico, impaciente
O outro, põe firme
a mão no peito com monstros e trevas sonhados
E a porta, é essa
maldita porta que dita os termos da fronteira
Está aberta, mas
mais parece trancada do que fechada
Fincam-se os pés,
mas nada impede e avança a alma
E por muito que a
vontade viaje, e ela viaja muito além do além
O sonhado permanecerá
tão imaginado como quando ela partiu
O Adamastor
apenas se domina, como nas descobertas de outrora,
Quando a porta aberta
e fechada é mortalmente atravessada
Respostas? Apenas o outro lado as tem.
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