terça-feira, 24 de abril de 2012

Tusa


A tusa que a nudez nos dá.
Dá mais tusa mostrar ou ver? Pergunta ridícula porque a tesão está toda no ser visto. Um olhar sente-se. É quente sobre a pele, e quanto mais sensível ela for, mais escaldante a sensação.
E não há pele mais sensível do que a do entrepernas, seja dele, seja dela.
Para os mais javardos, da cona ou do caralho, para os mais puristas, da coisa ou do coiso.
Dizem que os olhos são as portas para a alma, por isso nada há mais intimo que possa ser tocado do que toque dum olhar.
Digam-me que há algo mais intimista do que a troca de olhares quando fodemos e estarão a mentir.
Os olhos tudo dizem, os olhos tudo mostram, porque esses sim, são a nossa verdadeira nudez.
Penetram-nos à bruta e sem cerimónias pelo nosso maior órgão sexual adentro, o cérebro.
Agora imaginem, porque de imaginação se trata mesmo sendo o acto real, que brincadeiras o cérebro faz quando sente o calor dum olhar nas nossas partes mais quentes…
A tesão de imaginar que ela está imaginar o que fará ou poderia fazer com o que está a ver, ou quanto apetitosa é cabeça aonde ela irá passar a língua dali a uns instantes…
Onde será que ela se vai demorar mais?
Lambendo-nos por debaixo numa troca de olhares com um caralho pelo meio? Ou fará da língua uma bailarina atordoante que varre todo o palco?.
Foda-se, que tusa é saber que uma mulher nos olha para o caralho!

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