Com dois dedos
apenas
Se escrevem
palavras molhadas
Inchadas de tão
plenas
De tesões
incontroladas
Atrás da mão vão
os dedos
Atrás da lingua vai
a alma
Foge o caralho
dos seus medos
Para a cona que o
acalma
É fogo que arde e
que consome
Que se acende sem
ser ateado
Sacia a sede
matando a fome
Da cona com um
pau enterrado